História da Escola Nossa Senhora da Esperança
- direcao46
- 1 de ago. de 2016
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HISTÓRICO
Por volta do ano de 1977, um grupo de senhoras da Avenida Caí e arredores, no Bairro Cristal, reuniam-se para rezar e realizar atividades sociais, discutia-se sobre os problemas do lugar pensando estratégias para melhorias. Em 1979 formaram então uma associação de moradores denominada Centro Comunitário Nossa Senhora da Esperança, composta por moradores preocupados em melhorar a qualidade de vida e liderados pela Irmã Conceição da congregação Irmãs Filhas de Maria Imaculada. O nome do Centro carrega o sentimento que as participantes fundadoras tinham pela obra da Nossa Senhora da Esperança.
Como um dos objetivos era a questão espiritual, um Padre da Paróquia Santa Teresa de Jesus, começou a fazer parte deste grupo e coordenar a parte religiosa.
Através destes encontros perceberam a necessidade de profissionalizar algumas pessoas desta comunidade, conseguiram então, obter uma máquina de costura e deram inicio ao trabalho junto à comunidade. Agregaram cursos de artesanato e atividades domésticas, visando ensinar as mulheres menos favorecidas a fazerem roupas para os filhos e também treiná-las em atividades domésticas com vista a obtenção de emprego. Buscando parcerias, conseguiram também um médico para atender e orientar as famílias atendidas na área da saúde.
Neste local, como era de costume reunirem-se para fazerem orações e missas, iniciaram a catequizar os filhos destas mulheres que faziam os cursos e outras crianças da comunidade.
As mulheres, entanto, enfrentavam um problema: não tinham com quem deixar seus filhos para assistir as aulas, e muito menos, para assumir um compromisso de emprego.
Iniciaram então, em 1979, o atendimento, no mesmo local, aos filhos destas pessoas. Enquanto umas iam assistir as aulas as outras cuidavam das crianças.
Em 1981 foi construído um prédio de alvenaria em regime de mutirão pela própria comunidade utilizando material doado e sobras de construções. Constituía-se de uma única peça e um banheiro.
Como se verifica, um início bastante difícil, que só o trabalho da comunidade permitiu sua continuidade. Conseguiram um fogão usado de 2 bocas e, as famílias se revezavam para preparar a merenda para as famílias e crianças.
Em 1985 foi firmado convenio com a LBA. Isto possibilitou começar melhorias no atendimento, nas instalações físicas da creche e possibilitaram palestras direcionadas as mães sobre cuidados e saúde. Foi possível também contratar pessoas para trabalhar na creche, com carteira assinada bem como adquirir mobiliário apropriado pois, as classes existentes eram de uso escolar normal, serradas para adaptar, precariamente, para uso pelas crianças. Neste mesmo prédio também funcionou um curso de MOBRAL destinado principalmente às mães das crianças atendidas.
Em julho de 1987, segundo consta no livro de atas, ata nº 31, foi comemorado 10 anos do Centro comunitário Nossa Senhora da Esperança. Nesta mesma época as comunidades se uniam para fazerem procissão em homenagem as outras Padroeiras que faziam parte da Ação Social Dom Orione das quais também já atendiam crianças.
Ao final de 1987 uma professora, cedida pelo estado, assume a coordenação geral da creche, assumindo toda a parte pedagógica.
Da sala com um banheiro, num terreno que não comportava uma área de lazer, sempre com o auxilio da comunidade, em 1988 foi comprado um terreno anexo, onde, em regime de mutirão, foram construídos uma cozinha, banheiro, ampliou-se e dividiu-se o espaço disponível permitindo atendimento de 50 crianças em 2 turmas.
Em 1991 a LBA interrompeu, por sete meses, o repasse de recursos. A sobrevivência da escola foi possível mediante campanhas permanentes, envolvendo quermesses, galetos, jantares, rifas, chás, etc. Sempre a comunidade unida buscando recursos para viabilizar a creche.
Em 1994 a creche passou a participar dos projetos proporcionados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente tendo com isto modernizado suas instalações, adquirindo equipamentos e contratos profissionais, e também ano em que foi conveniada a SMED.
Em 1999, deu-se inicio a construção do segundo piso, esta ampliação gerou 2 salas mais amplas, disponibilizando o espaço do primeiro piso para um refeitório e uma secretaria.
No ano de 2001, foi adquirida, com muito sacrifício, mais uma área para melhor adequação dos espaços. Aumentou-se o pátio de recreação, ampliou-se e adequou-se a cozinha com novos equipamentos, banheiro para os funcionários e uma dispensa.
Mesmo com esta aquisição, o espaço ainda era pequeno. Em 2004 conseguiram adquirir, com muito sacrifício, uma casa nos fundos da escola que foi adequado para atender mais uma turma.
Muito investimento, os profissionais da Ação Social começam a ser mais exigidos de forma a se qualificar para o futuro. Os educadores, então iniciam o Curso Normal, oferecido pela prefeitura. Inicia o primeiro processo de profissionalização destes educadores, assim melhorando a qualidade do atendimento.
A instituição passa por um novo processo de trabalho, materiais pedagógicos mais atuais são integrados a rotina de unidade, alimentos mais diversificados também integram a rotina da creche. No ano de 2006 a instituição inicia um período de grandes dificuldades financeiras, os custos para manter a unidade novamente torna-se muitos altos os recursos repassados pelo convênio SMED não se fazem suficientes, inicia-se um período de mudanças de dificuldades e carências. Na busca de alternativas de aumento de arrecadação são integrados novos profissionais instituição.
A partir do ano de 2006 mais precisamente no mês de junho de 2006 a instituição passa pela sua pior crise financeira já constatada, a direção de instituição resolve então que seria necessário rever a permanência da unidade e das demais creches, optou-se pelo fechamento de três creches e uma delas seria a creche Esperança. Nestes dias viu-se uma mobilização de funcionários e comunidade que juntos acabaram levando ao conhecimento do conselho provincial as dificuldades financeiras da instituição e as conseqüências que trariam a comunidade o fechamento de três escolas
Com muita dificuldade., em 2007 são saldados débitos pertinentes a contas de água luz telefone, impostos entre outros, inicia-se uma nova fase dentro da instituição implementa-se o setor administrativo que passa a realizar a tarefa de recuperação e direção da rotinas financeiras da casa. Com a troca das coordenações pedagógicas todo o grupo funcional e remanejado, forma-se novos grupos eleitos pelas coordenadoras e direção.
Por determinação da província orionita deixam de fazer parte da diretoria da instituição leigos (pessoas da comunidade) e cabendo e responsabilidade pela direção da instituição a nível legal passa a ser executado exclusivamente pelos padres de congregação.
Como a instituição, neste tempo foi administrada somente pelos padres orionitas, iniciou como anos anteriores reforçam-se a necessidade de chamar a comunidade para a evangelização católica. Neste local, uma vez por semana, aconteceram missas para toda a comunidade. Ao final de 2009 o padre responsável por estas missas vai para outra casa e novamente a Ação Social Dom Orione passa por uma nova mudança de direção e deixam de realizar as missas.
Em junho de 2010 assume outro presidente, que, mesmo com as dificuldades, dirige esta casa até a presente data.
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